Hinos nacionais dos Estados-Membros da União Europeia
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Hino de Portugal
Publicado dia
12 de Agosto 2019
O Hino Nacional é um dos símbolos nacionais, tais como definidos no artigo 11.º da Constituição.
Com música de Alfredo Keil e letra de Henrique Lopes de Mendonça, «A Portuguesa» foi composta a seguir ao Ultimato. A aprovação da versão oficial aconteceu apenas em 1957, através da resolução do Conselho de Ministros publicada no Diário do Governo, 1ª série, nº 199, de 4-9-1957.
Foi elaborada então a versão para grande orquestra sinfónica, da autoria de Frederico de Freitas, e, a partir desta, a versão para grande banda marcial, pelo major Lourenço Alves Ribeiro, inspetor das bandas militares.
O hino nacional da Alemanha, também conhecido como "Deutschlandlied" («Canção da Alemanha» em português) foi escrito pelo poeta August Heinrich Hoffmann von Fallersleben em 1841, usando a melodia do hino imperial austríaco “Gott erhalte Franz den Kaiser” da autoria de Joseph Haydn.
O hino nacional alemão consiste apenas na terceira estrofe do "Deutschlandlied":
"Einigkeit und Recht und Freiheit
für das deutsche Vaterland!
Danach lasst uns alle streben
brüderlich mit Herz und Hand!
Einigkeit und Recht und Freiheit
sind des Glückes Unterpfand:
|: Blüh im Glanze dieses Glückes,
blühe, deutsches Vaterland!"
O hino nacional da Áustria, também conhecido como "Bundeshymne" (em português «Terra de Montanhas, Terra à beira da Corrente»), foi escrito por Paula von Preradović. A melodia foi atribuída a Wolfgang Amadeus Mozart. No entanto, e de acordo com pesquisas recentes, persiste a controvérsia de que a composição possa ser de Johann Baptist Holzer.
Este hino foi adotado no dia 25 de fevereiro de 1947 e alterado, através da Lei Federal sobre o Hino Federal da República da Áustria (Lei Federal n.º 127/2011), no dia 27 de dezembro de 2011. No dia 1 de janeiro de 2012, foi adotada uma nova versão, neutra em termos de género, do hino nacional.
O hino nacional da Bélgica, também conhecido como "La Brabançonne", data de 1830. A letra deste hino foi escrita por Louis-Alexander Dechet e a música composta posteriormente por François Van Campenhout.
Encontra-se em Bruxelas um monumento dedicado à Brabançonne que contém trechos em francês e neerlandês do hino belga. Não existe uma versão oficial do hino, apesar de várias tentativas, a não ser a 4.ª estrofe que se tornou oficial, tanto em francês quanto em neerlandês, por uma circular ministerial de 8 de agosto de 1921.
O hino nacional da Bulgária, também conhecido como "Мила Родино" ou “Mila Rodino” (que em português significa «Pátria Querida») data desde 1964 através da adoção da Constituição da República da Bulgária.
O hino da Bulgária é baseado na música "Proud Stara Planina", escrita em 1885 por Tsvetan Radoslavov.
O hino nacional da Chéquia, também conhecido como "Kde domov můj" (em português «Onde fica o meu lar») foi escrito por Josef Kajetán Tyl e composto por Frantisek Jan Škroup.
Foi adotado oficialmente em 1993, na sequência da dissolução da antiga Checoslováquia e da criação da nova Chéquia.
O hino nacional do Chipre, também conhecido como "Yμνος εις την Ελευθερίαν" ou "Hymn to Liberty" (em português «Hino à Liberdade»), é o mesmo que o hino nacional da Grécia desde 16 de novembro de 1966, embora, segundo a Decisão nº 6.133, apenas a música do hino grego é utilizada.
Na República Turca de Chipre do Norte, o hino utilizado é o hino turco.
O hino nacional da Croácia, também conhecido como "Lijepa naša domovino" («A nossa bela pátria» em português), foi composto por Josip Runjanin. Em 1891, em Zagreb, o hino croata foi cantado pela primeira vez.
O hino permaneceu não oficial até 29 de fevereiro de 1972, quando a primeira emenda à Constituição Croata o declarou oficial, apenas com uma ligeira mudança nas letras, após a independência de 1990.
A Dinamarca tem dois hinos nacionais reconhecidos oficialmente :
o hino real, conhecido como "Kong Kristian stod ved højen mast", apenas utilizado durante as comemorações da família real ou em ocasiões militares e;
o hino civil, intitulado "Der er et yndigt land" (em português «Há uma Terra Encantadora»), tocado pela 1.ª vez em Danes, em 1844. Com letra de Adam Gottlob Oehlenschläger e música de Hans Ernst Krøyer, conta com 12 versos, mas apenas são interpretados o primeiro, o terceiro, o quinto e os últimos versos.
A versão áudio disponibilizada corresponde ao hino civil.
Até a dissolução da antiga da Checoslováquia, a melodia "Kopala studienku" era usada de forma não oficial como hino. A letra foi escrita por um estudante eslovaco que protestava contra a demissão de um professor com ideais nacionalistas.
Quando a Eslováquia voltou a ser independente em 1993, o hino manteve-se, tendo sido alteradas apenas algumas frases. Utiliza, como composição, uma melodia popular.
O hino nacional eslovaco intitula-se "Nad Tatrou sa blýska" (em português «Tempestade sobre as Tatras»), com letra de Janko Matúška.
O hino nacional da Eslovénia, também conhecido como "Zdravljica" (em português «Um Brinde»), provém da canção "The toast" escrita por France Prešeren em novembro de 1844. Apesar da canção ter sido escrita em 1844, apenas foi publicada quatro anos depois, em 1848.
Em 1991, a música do hino foi composta por Stanko Premrl e a sétima estrofe da canção tornou-se o hino nacional da Eslovénia.
O hino nacional de Espanha tem origem na marcha militar de Granadera, da qual se encontram referências documentais de 1749. O seu carácter oficial surge nas Ordenações Gerais de Infantaria de 1762. A partir desse ano, a "Marcha Granadera" passa a cumprir deveres de apresentação de honras ao Santíssimo Sacramento e em eventos da família real, acabando por se converter na Marcha Real, o atual Hino de Espanha.
A última adaptação deste hino deve-se ao Maestro Francisco Grau Vergara que se tornou oficial através do Real Decreto 1560/1997, de 10 de outubro, que regulamenta o Hino Nacional.
O hino nacional da Estónia, também conhecido como "Mu isamaa, muõnn ja rõõm" (em português, «Minha Pátria, minha felicidade e alegria») foi escrito por Johann Voldemar Jannsen e composto posteriormente por Friedrich Pacius.
Este hino foi cantado pela primeira vez em público em 1869. O hino foi oficialmente adotado em 1920 após a declaração de independência. Abolido após a perda da independência, foi recuperado em 1990 com a restauração da independência da Estónia face à ocupação soviética.
As melodias dos hinos nacionais da Estónia e da Finlândia são iguais, diferindo apenas a letra de cada hino nacional.
O hino nacional da Finlândia, também conhecido como "Maamme" ou "Vårt land" (em português, «Nossa terra») foi escrito por Johan Ludvig Runeberg e composto por Fredrik Pacius.
Este hino foi cantado, pela primeira vez, em 1848.
A melodia de Pacius foi também adotada na Estónia como hino nacional.
O hino nacional de França, também conhecido como «La Marseillaise», foi composto por Claude-Joseph Rouget de Lisle, oficial da divisão de Estrasburgo, em 1792, como canção revolucionária. A canção tornou-se popular durante a Revolução Francesa, especialmente em Marselha, ficando desde então conhecida como «A Marselhesa».
O carácter do Hino Nacional de França é reafirmado nas Constituições de 1946 e de 1958. Embora não exista uma versão oficial do hino, a letra é sobejamente conhecida:
"Allons enfants de la Patrie,
Le jour de gloire est arrivé !
Contre nous de la tyrannie,
L'étendard sanglant est levé, (bis)
Entendez-vous dans les campagnes
Mugir ces féroces soldats ?
Ils viennent jusque dans vos bras
Égorger vos fils, vos compagnes!"
O hino nacional da Grécia, também conhecido como "Ymnos eis tin Eleftherian" ou "Yμνος εις την Ελευθερίαν" (em português «Hino à Liberdade»), consiste nos dois primeiros versos do poema «Hino à Liberdade» escrito em maio de 1823 pelo poeta Dionysios Solomos. Em 1828, o poema foi musicado por Nicholas Mantzaros.
Mais tarde, em 1861, a música foi alterada, de forma a dar-lhe ritmo de uma marcha e em 1864, o Hino à Liberdade foi estabelecido como o hino nacional da Grécia.
O hino grego é também usado na República do Chipre.
O hino nacional da Irlanda, também conhecido como "Amhrán na bhFiann" ou "The Soldier's Song" (em português «A Canção de um Soldado»), foi escrito por Peadar Kearney entre 1909 e 1910.
A música foi oficialmente adotada no dia 12 de julho de 1926 como o hino nacional irlandês. Uma parte do hino nacional da Irlanda é, também, a saudação presidencial.
O hino nacional de Itália, "Il Canto degli Italiani" conhecido também como "Fratelli d'Italia ou Inno di Mameli" (em português «Canção dos Italianos») foi escrito por Goffredo Mameli. A melodia foi atribuída a Michele Novaro.
Adotado provisoriamente a 12 de outubro de 1946, quando a Itália se tornou uma república, o hino nacional italiano apenas foi oficialmente reconhecido em 2017, com a lei n. 181 de 4 de dezembro. O primeiro verso do hino é o seguinte:
"Fratelli d'Italia
L'Italia s'è desta,
Dell'elmo di Scipio
S'è cinta la testa.
Dov'è la Vittoria?
Le porga la chioma,
Ché schiava di Roma
Iddio la creò".
O hino nacional da Letónia, também conhecido como "Dievs, svētī Latviju" ou "God bless Latvia" (em português «Deus abençoe a Letónia») foi composto por Karlis Baumanis (mais conhecido como Baumanu Karlis).
A música foi cantada pela primeira vez como hino nacional no dia 18 de novembro de 1918 em face da independência da Letónia. A 7 de junho de 1920, foi oficialmente proclamada como o hino nacional da Letónia.
O hino nacional da Lituânia, também conhecido como "Tautiška giesmė" (em português «Canção nacional»), foi cantado, pela primeira vez, em público em São Petersburgo, no dia 13 de novembro de 1899, num concerto para ajudar os estudantes lituanos.
A letra do hino foi escrita e adaptada pela música de Vincas Kudirka. Tal como a bandeira, o hino nacional da Lituânia foi oficialmente aprovado em 1988.
O hino nacional da Hungria, também conhecido como "Himnusz" (em português «Deus abençoe os húngaros»), tem como base um poema de Ferenc Kölcsey escrito em 1823 e música de Ferenc Erkel.
O hino foi adotado em 1844, ainda que a Hungria continuasse a pertencer ao Império Austro-Húngaro. É, no entanto, apenas nos anos 90 é que o hino húngaro se tornou um dos símbolos oficiais da Hungria, através da implementação da sua Constituição.
O hino nacional de Malta, também conhecido como "L-Innu Malti" (em português «O Hino Maltês»), foi escrito por Dun Karm Psalia e transposto para uma música por Robert Sammut.
Esta música foi apresentada pela primeira vez no dia 3 de fevereiro de 1923 e tornou-se, posteriormente, no hino nacional em 1945.
O hino nacional dos Países Baixos, também conhecido como "Wilhelmus van Nassouwe" (em português «Guilherme de Nassau»), foi criado durante o cerco da cidade francesa de Chartres em 1568.
A melodia cantada hoje vem da coleção "Nederlandtsche Gedenck-clanck" de Adriaen Valerius.
A primeira referência conhecida às letras do hino nacional dos Países Baixos é de 1572 cujo autor seria Philip van Marnix, Seigneur de Sint Aldegonde.
O hino nacional da Polónia, também conhecido como "Mazurek Dąbrowskiego" (em português «Mazurca Dąbrowski»), é um texto patriótico escrito em 1797 por Józef Wybicki, adaptado a uma canção popular.
Foi oficialmente adotado em 1927 como o hino nacional da Polónia e serviu de inspiração para hinos de outros Estados-Membros da UE, tais como, Eslováquia, Chéquia, Eslovénia e Croácia.
O hino nacional da Roménia, também conhecido como "Deşteaptă-te române" ou "Wake up, Romanian" (em português «Acorda romeno») foi escrito em 1848 por Andrei Mureşianu e composto por Anton Pann.
A melodia foi oficialmente confirmada como hino da Roménia no verão de 1990.
A Suécia tem dois hinos nacionais reconhecidos oficialmente :
o hino real, conhecido como "Kungssången" (em português «A Canção do Rei») escrito por C.W.A. Strandberg e composto por Otto Lindblad, é apenas utilizado durante as comemorações da família real e;
o hino civil, intitulado "Du gamla, Du fria" ou "Sång till Norden" (em português «Canção para o Norte») escrito em 1844 por Richard Dybeck e composto por Edxin Kallsteniu.
A versão áudio disponibilizada corresponde ao hino civil.