Transporte Aquático com Emissões Zero
Liderar e acelerar a transformação dos transportes marítimos e fluviais com emissões zero, até 2050, é o objetivo desta parceria.
A «Parceria Europeia para o Transporte Aquático com Emissões Zero» tem como objetivo liderar e acelerar a transformação dos transportes por via aquática (transporte marítimo e navegação fluvial) a fim de eliminar todas as emissões nocivas para o ambiente, incluindo os gases com efeito de estufa e os poluentes atmosféricos e aquáticos, por meio de tecnologias e operações inovadoras.
Até 2030, o objetivo é desenvolver e demonstrar soluções implementáveis em todos os tipos de navios e serviços marítimos, para permitir a realização do transporte por via aquática com emissões zero, até 2050.
Integra o Pilar II - Desafios Globais e Competitividade Industrial Europeia do Programa Horizonte Europa e o Cluster 5: Clima, Energia e Mobilidade.
Parceria
A parceria é composta por dois membros fundamentais que representam respetivamente os setores público e privado.
Setor Público:
- União Europeia, representada pela Comissão Europeia;
- 17 Estados-Membros e países associados como o Reino Unido, a Noruega e a Turquia.;
Setor Privado:
Associação "Waterborne Technology Platform" criada em 2005, orientada para estabelecer o diálogo entre todos os intervenientes no sector aquático, instituições e Estados-Membros da UE.
Orçamento
A parceria conta com um orçamento de cerca de 3.830 mil milhões de euros dos quais:
- A Comissão Europeia contribui com cerca de 530 milhões de euros;
- Os membros privados contribuem com 3.300 milhões de euros. Além disso, fornecem contributos como aconselhamento à Comissão Europeia no que respeita à identificação de prioridades das atividades de investigação e inovação a serem incluídos nos Programas de Trabalho do Horizonte Europa.
Objetivos
Gerais
Fornecer e demonstrar soluções de emissões zero para todos os principais tipos de navios e serviços antes de 2030, o que permitirá o transporte de embarcações com emissões zero antes de 2050.
Específicos:
- Reforçar a competitividade das indústrias europeias nos mercados crescentes de tecnologia de navios ecológicos e proporcionar a capacidade de reentrar nos mercados atualmente dominados pelos concorrentes europeus;
- Facilitar o desenvolvimento e a implementação de regulamentos e políticas a nível nacional e internacional, que permitam a implementação de soluções tecnológicas para o transporte aquático com emissões zero;
- Facilitar a adoção de tecnologias e soluções inovadoras para o transporte de veículos aquáticos com emissões zero dentro do sector europeu, apoiando o crescimento económico e o emprego europeu.
Objetivos operacionais:
- Eliminar as emissões de gases de efeito de estufa (GEE), provenientes do transporte por via aquática, através da utilização de combustíveis alternativos sustentáveis e neutros para o clima aplicáveis a navios, com elevada procura de energia (por exemplo, transporte marítimo de longa distância);
- Integrar soluções de baterias de alta capacidade como fonte única de energia para a navegação de curta distância (até 150 a 200 milhas náuticas) como fonte adicional de energia para todos os principais tipos de navios em áreas sensíveis do ponto de vista ambiental, e para aumentar eficiência operacional;
- Reduzir o consumo de combustível do transporte por água, em pelo menos 55%, em comparação com 2008, inclusive através da utilização de propulsão à base de combustível (como o vento);
- Assegurar a infraestruturas portuária de abastecimento (ou seja, de abastecimento de combustíveis alternativos e eletricidade) necessária para permitir o transporte de água potável com emissões zero;
- Permitir embarcações de navegação interior limpas, neutras do ponto de vista climático e resistentes ao clima;
- Desenvolver e demonstrar soluções para reduzir a poluição costeira e interior da navegação interior e da navegação marítima em pelo menos 50% até 2030, em comparação com os níveis atuais;
- Desenvolver e demonstrar soluções para eliminar a poluição para a água (incluindo o ruído subaquático nocivo) das embarcações, até 2030.